quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Tão frequentemente sou invadido por emoções que não parecem ser minha. E na mesma frequência sinto que tudo está ao meu alcance, como se fosse capaz de qualquer coisa a que me disponha fazer. Podia pintar e desenhar mas emolduro todas a minhas ideias neste caderno A5. Estou aberto a mais coisas do que creio estar.Sou invadido por vontades criativas dos mais variadíssimos campos da arte e filosofia e não tão somente eles me invadem como me conquistam e sinto-me apaixonado, fascinado por tudo que exalam as pessoas. Não tenho interesse pessoal e ponderado sobre isto, apenas sinto que é tudo também meu. Como se eu fosse, ao ver a criação e a vida diante meus olhos, a própria coisa que vejo. Eu como criador de tais obras. Mas sei que não o sou, sei só que absorvo e imagino tudo o que penso, longe de mim, no plano talvez de, pura criação e chego até a sentir que nada penso de facto porque não medito sobre nada em especial, apenas sinto, sinto ser invadido por coisas não minhas, talvez pela falta de coisas minhas. E a dada altura tenho de cuspir tudo no papel, pouco hesitando, pouco pensando sobre como será a melhor maneira de o fazer. Eu não sou escritor da minha imaginação e intelecto, apenas escrevo tal como o mundo me vai dizendo.

15/10/2015

Sem comentários:

Enviar um comentário