quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Revolve-se em mim
o desespero duma
solidão imaginada.
Consumindo a tranquilidade
de que tudo isto pode
se revolver com um
respirar fundo, expirando
a dor que não sei se tenho,
mas fico-me por
suspiros insuficientes
do sem-vontade com
que os faço.
Como se só pudesse
albergar pouco
ar de cada
vez.
A altivez dos meus
melhores estados de
espírito sucumbe
quando os chamo
como um cão mal
educado que se
senta quando
lhe peço para vir.
E como sou mau dono
de mim mesmo,
cismo em tentar
me fazer obedecer
a sentimentos
para os quais não
me sinto pender.
Esta forma de me sentir
só sem o estar,
invade-me com mais
frequência nos
últimos dias, como
se anunciasse
uma gripe, pelo
nariz entupido
por mal respirar
e uma tosse por pouco
conversar.
Esta doença que não
sei  se tenho
preocupa-me ao ponto
de adoecer o pensamento.
Onde o raciocínio não
pode confortar
o que sinto,
fico por acalmar.
Talvez sejam dores
de amor, talvez por
não ter quem amar.
Talvez por ver aquela
rapariga no bar,
que não falei ainda
mais que por sorrisos,
deixa este frio no
meu peito por aconchegar.
Falarei contigo, sim,
quando estiver menos
doente, antes do poente
de te poder conhecer e
conquistar.
Não te aflijas porque
eu também não
se ainda não conversámos
os sorrisos que trocámos
são palavras do coração
e se só no conhecemos
depois do sol ser por
mantenho-te comigo
até de manhã e deixo
que luz te mostre
o meu amor.
Que sei que o tenho
como não tenho nenhuma
solidão e mesmo
que não me queiras
sei que tudo são
os devaneios da
minha imaginação.

1/11/2015

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