Se fosse esta a ordem
das coisas estaria
quebrado.
Mas estou firme.
de pés bem assentes
na caminhada,
fixas ideias em
movimento e
o coração atento
como nunca esteve.
Sou mais humano
porque sei que parte
de mim existe,
além de mim.
Sei que sou humano
porque partilho
corpo.
Sei quem sou porque
ainda não nos
olhámos ao espelho.
A tragédia de não nos
reconhecer não me
assusta mais porque
não estou sozinho.
Não me sinto sozinho.
Sinto sim tudo.
Sinto a luz que
te sai do sorriso.
O calor da pressão
dum abraço que
me faz sentir
o peito maior,
para que caibas
em mim com
todo espaço
de sermos livres.
Sou grande
e livre agora.
As minha emoções
e quem por lá andar
tem agora a
liberdade de me amar.
Mas ainda sinto o
coração pesar, pelo
que o atormenta
é a memória e isso
também sou eu.
E isso também é
livre em mim
e ainda pode
destruir.
Como uma doença
mal curada.
Ou um vírus
permanente.
Quando diz que
se vai, mente.
E eu minto.
E quem sente
a mentira és
tu e corri um
risco comigo
ao achar que
podias confiar
em mim.
Eu sei o teu
tamanho, mas não sei
quanto suportas.
Quanto queres
levar, e se
queres caminhar
ou só me ver
a andar para um
sítio onde te
encontre melhor,
ou não te perca,
mas isso em si
já é só e não
é livre.
Caminha comigo
pelas brasas
do deserto e
o gelo da noite
e levar-te-ei
a lugares que nem
eu conheço.
14/1/2014
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