domingo, 19 de janeiro de 2014

Não.
Pára de suspirar.
De onde vem o
suspiro?
Já tenho sopro
de morte, o que
te falta?
Onde falhei?
Agora vivo,
realmente
vivo, mesmo
que me mates,
já sei como é
viver de novo.
Os guarda-chuvas
estão no sítio, o
que tenho feito:
o que quero.
O que falta suspiro?
O que falta respirar?
Não há mais ar
de visão extasiante
fumo de efeito
atordoante e
expiração quente
no ouvido que
faltem.
Será que tem de
faltar?
Que tenho de
querer para
que não falte.
Que sou eu
um monstro
consumista
de nada e
o vendedor
trafulha de
mim mesmo?
Ou pior, minto
e sou falso e nem
sei porque a mentira
é minha e compro-a todos os dias.
Provavelmente são
suspiros de saudades.
Um quase som que
quer ter saudade
ecoado no ouvido do
meu mar.
Ganhas, pelo Inverno,
demasiada força mar.
Inundas-me e
avassalas-me com
as tuas ondas.
Aí que te adoro
mar.
Que sinto a tua falta
enquanto não rebentas
em mim, e o suspiro
é o fumo das tuas
explosões e a dor no
peito os fogos que
deixaste acesos.
Apaga-os de vez
em quando por favor.

7/1/2014

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