sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ainda faltam páginas
para escrever.
Mas já não faltam
dias para pertencer.
Pertencer às páginas,
folhas paradas,
tempo corrente,
mão dormente
e amarela
como se estivesse
doente.
Como o ar que se vê,
invisível é o Tempo.
Existe porque o
sinto passar,
uso-o como
respirar, estou
no mundo como
se não tivesse lugar.
E uma cadeira
para dois.
A vida é uma cadeira
para dois e as páginas
faltam porque ainda
não foram escritas.

13/12/2013

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