segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sei que gosto
de algumas coisas
e facilmente
apuro o que
não gosto,
acho que
sei o que
sou por isso
e deixo que
me sirva de
consolo por
sentir que
à tanto mais
para encontrar,
criando,
criando a dois,
pois é assim que
a criação se
expressa.
Não me crio sozinho.
Não crio sozinho.
estou numa descoberta
ao nada enquanto
estiver sozinho.
Amor não paixão.
O deserto prefere
que não lhe entrem
a correr a dentro,
ele come e rumina
os que não têm medo
da sua coragem.
Eu vivo-me como
criador e há mais
telas que o papel.
Há as telas da partilha.
da poesia duma conversa,
da fotografia dos olhares
que param no tempo,
dos olhos que são
vitrais da alma e a
sua luz o Deus
do coração,
na mão o toque
que funde metais
e num desejado
momento de criação
uma luz se apaga
e deixa a noite
cair nos olhos sem
estrelas no céu
só com a segurança
de saber que no
chão de pés bem
firmes estou de
mão dada com
alguém que
sei que não serve
de consolo e me
faz temer a coragem
dos sentimentos
que se apoderam
de mim.
Como uma lei
imposta pela vida.
Uma necessidade.
Gritante necessidade
de dar as mãos e
andar pelas nuvens.
E não é por saber
 que gosto que
sei que gosto de
ti, companheira
das estrelas, mas
por saber que
não quero não
gostar mais de
mim sozinho.
Não me quero
consolar.
Quero temer-me
por me dar.
Quero agradecer-me
por tentar.
e se não o fizer
que o imaginar
me venha buscar
como um castigo
e martírio dum
desertor do amor.
Amor à vida.
Amor a si.
Gostando
simplesmente de ti.

13/12/2013

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