Estou parado e vejo
tudo como se fossem
árvores através
duma janela de carro
em viagem.
Como se estar
parado fosse
grande viagem.
Como se fosse isso
aquilo que leva a
mim a chegar
a algum lado.
Parado, em frente
ao caderno e a ler
nele as páginas
que ainda não
escrevi mas
como se fossem
já minhas.
São já minhas.
Não obrigatoriamente já.
Tenho eu o momento
presente num
momento criativo e
teria tudo para
me enlouquecer.
É por isso que as
olho.
Para ter o que
não ler.
Para poder ter,
já tendo, toda a liberdade
para ver onde ainda
não há nada.
Onde pode haver tudo
e quando houver
será tudo o que poderia
ser. E eu ficarei
para sempre presente
nessa folha em branco
e enlouquecerei.
Por ser eu com
o mundo num momento
fluído a criação de mim.
Em algo que
nunca nasceu
e morreu sem
ter fim.
3/12/2013
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