segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Também este é o dia,
Que como todos os outros
é mas tão especial
por sentir agora
o que em todos há.
A mudança é inevitável
tal como muitas
gargalhadas ajudam-me
a apreciar-me com
seriedade em vez
da habitual forma
soturna.
Um pouco de chocolate
adocica a boca das
lágrimas e equilibra
na minha medida,
que é assaz.
Este é o dia em
que sou o que
sou, aquilo
que quero ser.
Ser a vontade.
a mudança e
os cumes.
Não como altos lugares.
Nem olhando sempre
para cima.
Quem sabe já estou
eu onde queria estar,
já sou eu quem
eu queria ser e
só por me levar
demasiado soturnamente
que me esqueço
de olhar para baixo
e ver onde já estou?
Quiçá por medo
de defrontar o chão
ainda preso aos pés?
Ou para não confirmar
que estou longe demais
para que alguém venha
ter comigo?
Verdadeiramente é o
dia, porque é tal e qual
os outros e não diferente
como são as coisas para
mim. Alheias.

Se há o que levantar
são as letras do papel!
Nem que pare de escrever
e seja, agora, o que
quero ser, o que
sou.
Ir além de mim
é conhecer precisamente
o que de mim há
a ser ultrapassado
e não só o que "deve"
ser ultrapassado.
Eu, apenas eu posso
ir além de mim,
da mesma forma
que só cresço
Realmente se
crescer e não
subindo em
degraus, como
se as montanhas
tivessem degraus...

As palavras serão
os  pés, as ações
as caminhadas
e o que faço a minha poesia.

24/11/2013

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