Que novas formas
devo eu tomar,
para que quando
chore haja lágrimas
a limpar?
E que sentido tem,
viver sem ir além dos olhos?
Eu sou como quem
decide crescer e vê
que a folha acabou.
Como aquele que
não sabe para onde
virar e acaba
sem caminhos.
Eu sou cego,
eu não sou indeciso.
Ou então não sei
nada e não existo.
Mas sinto como
quem não tem corpo.
E sorrio como se
percebesse disso.
E choro e só me
caí a ironia que me
seca:
Por me ser tão
importante, indiferencio-me.
Por querer tanto falar
calo-me.
Por me querer tanto
escrever, fico em branco.
E por me querer
tanto mudar,
não sei quem sou.
5/11/2013
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