quinta-feira, 11 de julho de 2013

30/6/2013

Este remédio de sabor
a rua vicia.
Vicia as tendências mais
primitivas onde o valor,
a moral e a ética são
o que deveriam ser:
- Nada absolutas.

Se um leão matasse
e a carcaça ficasse
e ninguém enchesse
a sua barriga seria
como é hoje um crime moral.
A vida é vital, essencial,
e única. Terminá-la é
ser um pouco de Deus,
quer com destino ou
mesmo sem ele.
E nenhum leão mata
sem comer, porque ele
está viciado no remédio
com sabor a savana.
Este remédio é aquele
que permite ao doente
se curar da vida, é
o remédio da morte.
Há que subsistir no
meio onde se insere
o ser vivo.
Se ele não matar
ele está doente.
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Sinto o que é cada vez
mais estar sozinho.
Não o sinto por estar,
mas sinto que estou e
é só isso que parece
importar.
As memórias de como
passam os dias têm
duas cores: quente e ventoso.
O calor cala-me porque
me pesa.
O vento leva-me porque
sou leve.
É sempre, ou sinto ser, tudo
tão leve.
Será que é porque sinto
que estou só?
Que assim, sozinho sou
realmente vazio e por isso
voo?
Esta dúvidas no papel
também vão com o vento
e se não forem, irão como
eu com o Tempo.

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