terça-feira, 30 de julho de 2013

28/7/2013

Devia ter olhado
para trás antes
de passar o abismo.
Agora estou só e
ainda falta caminho.
Falta, vontade e propósito.
Falta realidade.
Tenho medo.
Sempre tive enquanto
não te tinha.
Agora tenho por teres
morrido.
Por te ter deixado morrer.
O cume é como se fosse
meu.
Mas não é real.
Nem sei se é verdadeiro
porque me perdi sem ti
e não sei o caminho.
Não sei quem sou
Não sei quem ser
e talvez morrendo
te possa voltar a
conhecer.

Ou não.

E assim toda a
miséria da incerteza
se impõe sobre
mim e esconde
o meu egoísta suicídio.

O cume está longe
porque te afastaste
de mim.
O cume já não existe
porque não te fui buscar.
Ao meu lado fica em
vazio o lugar que era
teu.
E, só eu posso olhar
e sentir-te faltar.
E sinto pesar o nada
que me enche.

É ao cume que
quero chegar.
Para poder olhar
para o que não foi,
para o que foi e
para tudo o que
podia ter sido,
se não te tivesse
perdido ou se
tivesse a manhã
coragem de revelar
o meu libertador suicídio.

Hoje estou preso, entre
o que não fiz por te ter
e o que fiz para não me ter,
e por isso sou livre,
mas só entre o que me fez
sofrer.

2 comentários:

  1. Viva- é o frazer! tou a curtir das tuas cenas, pa!

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  2. Obrigadao! Também passei pelo teu blogue e curti da tua cena, bons devaneios xD

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