quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vejo os segundos passar
e como estão debaixo
de água passam
mais devagar.

E vejo também a noite
virar, mas como
estou vazio não
a sinto passar.

Não sinto nada
como se sentisse
tudo e é absurdo
pensar em mim.

Onde passa o pensamento
é um lugar que não existe
e pensado no mundo
estou num lugar sozinho
e triste.

Cobre-me as mãos com
o calor do sol que não
senti nascer para que
não escreva a frio.
E fecha-me os olhos
para que veja com cor e
sem dor.

Porque este mundo é
cinzento e um lugar
onde durmo ao relento
quando só penso em ti.

Leva-me para longe do
lugar onde penso em
letras sobre ti e levanta
estes versos do papel
e recolhe-os no teu
mundo, para que sintas
o quão profundo é este
poema em que me inundo.
Um mar onde tudo passa
devagar e tu nunca
chegas.


10/6/2013

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