Sento-me e sinto-me
infeliz.
Tão triste que o azul
da tinta no papel
de linhas é desfocado
pelas lágrimas que
me enchem os olhos.
E eu choro como se
fosse pela primeira
vez, como se não
soubesse que é
assim que me vejo,
sempre.
Corre e foge de mim
pelo amanhecer o
sol que alegra
a vida porque
me relembra que
é à noite que
sonho.
Sou um bicho dos
pesadelos, um a parte
deixado entre as
discussões do sol e da lua,
do dia e da noite,
da morte e da vida.
Sou capaz de ser
aquilo tudo que
sobrou
quando não havia
espaço para mais
do mesmo.
Por isso sou,
tão nada como tudo,
tão vazio como completo,
tão bom como mau,
tão inútil como algo
que não deveria existir.
Como não pertenço
aqui, sou apenas um
cancro de mim mesmo
mas como nada valho,
nada morre e vivo
assim como se nada
fosse viver ou morrer.
19/6/2013
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