5 de Março de 2024
Agora tou a fumar cigarros, as ganzas sabem-me melhor depois.
Hábitos alegram-me e entristecem. Não sei porque pratico algo extremo e m extenua. Enfim, não precisa ser extremo, eu preciso de mudanças. E é das mais subtis do que das mais amplas mudanças. Aprender a dançar ou o vestir doutro jeito a minha roupa de ser e estar, representar outro dos meus personagens.
Diz dez de Março, eleições legislativas ó caralho, a Direita pode ganhar boa maioria com os radicais a comporem quase metade de maioria. Vou votar o que for mais útil para contrapor essa Direita chata e perigosa. Para a frente e para trás, devem ser ciclos como o TK diz para se tranquilizar um pouco e fazer sentido de tudo, das mudanças do mundo, das pessoas.
Tenho a cidade em construção a entrar-me pela janela. Céu azul solarengo, sugestões de nuvem, não noto temperatura, no meu nariz passa ar sem cheiro na língua café adocicado com o sabor de amêndoa.
Quando fecho os olhos e retiro os sonso dos pardais e dum cão ao longe ladrando, sobra obras, o zumbir grave do frigorífico, alarmes de carros e buzinas, ventoinha de extração de fumo e mais ao fundo, como primeira camada pneu de borracha com uma tonelada em cima rolando pesadamente sobre o alcatrão duro, esburacado.
E agora chega o meu pai a casa, mete um corte dum podcast e mata completamente o momento que não estava a conseguir envolver-me com, são as vozes de quem quer ser ouvido sobrepondo a que eu quero ouvir e não tem som físico. Preciso dum silêncio, mais que ganzas, danças, Esquerdas, tendo tudo isso continuo a saudar um silêncio melhor.
domingo, 16 de fevereiro de 2025
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