terça-feira, 3 de novembro de 2015

Procuro ser outros: os mais simples, os mais caóticos, mais longe de si mesmos e próximos dos outros, os melhores inseridos no mundo social e interpessoal- não por ser assim que quero ser intimamente mas somente pela curiosidade que certos, deste grupo maioritário, de indivíduos despertam pelo extremo em que se vivem. Quero sê-los para poder sê-los "melhor", ainda que só para mim, sem o praticar. Quero sê-los então em sentimentos, emoções, pensamentos e crenças para que possa escrever universalmente como eu sou como todos de maneira que todos que ser queriam entender me entendem.
Falo em poesia a linguagem da dor que em todos existe, a conquista de si mesmo, o método de atingir isso; consequentemente pelo gosto da análise e a importância que dou a todas as pequenas partes de um todo: as nuances de ir-se sendo, os avanços e especialmente os retrocessos no caminho da auto-descoberta e disto tudo parte o meu principal foco ao escrever: o sentir-se pouco si mesmo quando se busca precisamente isso, o recriminar-se por ver que se ainda é o que não se quer ser e a realização quase fria e distante de que nada disto importa, que é só mais uma forma de se dar bem no mundo mas neste caso no dar-se bem no seu mundo.

12/10/2015

Sem comentários:

Enviar um comentário