terça-feira, 22 de setembro de 2015

Estou à espera
daquele poema,
não! estou à procura,
NÃO! Sou à procura
daquele poema
que sei que é o
certo durante
uns tempos
e que depois
fica sem valor,
além do histórico.
Quero isto em
mim porque
assim sei
o que a mim
me dei quando
sentia pouco,
ou a falta de
muito.
Acho que é
universal
querer coisas.
Mas eu não quero
nada mais que
um poema.
Que se transforme
tudo em poesia.
que eu vire
verso na
voz que declama
a vida.
Porra!
    que se transforme
tudo em poema.
Tanto faz se for
soneto ou não
tudo é nada
se não tiver
nome, se não
tiver forma.
Eu sou sem
forma além
do que vêem
os olhos.
Eu sinto, sinto
e procuro sentir
mais, só alguém
me pára e
nem isso,
( não me param
muito tempo,
porque o tempo
não pára).
Tudo é vida
e prosa e poesia,
não há quadros,
nem música
senão a das palavras
que os meus sentimentos
despertam.
Ergam-se as canetas
das mãos dos manetas
e que todos sonhem
escrevendo como
gostariam de ter
mãos.
Como gostaríamos
de ser mais que
humano!

Mas tudo isto é
poesia e coisa
nenhuma, tudo
isto é tão
humano em
mim, em todos
creio.
Para quem busca:
não sereis mais
que o vosso próximo
segundo (e há sempre mais um segundo).
Não sou mais
que sonhar-me
além-mim e
sonhar é pedir
dormindo,
não vendo que
tudo o que posso
ser está a um levantar
de consciência.
A um pousar da caneta.

9/9/2015
(00:27)

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