sexta-feira, 20 de março de 2015

Quando corro
porque quero
chegar mais rápido,
não me canso,
iludo-me.
Nunca chegarei
mais rápido
que a hora que
tenho de chegar.
Que sem outra
hipótese
chegaria.
Até podia não
ter corrido mas
isso é só
imaginação.
Isto de correr
é como tudo,
uma ilusão de que
posso alterar
a realidade presente.
De que a posso acelerar.
Nunca pude fazer
mais que imaginar.
Que voar em
pensamentos e
desprender-me
de qualquer tempo.
Construo tudo
através desta
desconstrução
da realidade
humana:
- não sou livre!
Nem qualquer
outro individuo
físico.
Só os poetas da
vida, os pintores,
músicos, escultores
e actores e
todos os grandes
e pequenos imaginadores
que partem do
quotidiano inevitável,
se movem nas nesgas
do impossível
para um lugar mágico
através da porta
do imaginar que
é fechar a sua
percepção para
dentro da mente.

Isto não é um poema,
é a imagem do
meu poema que
é ser este pensamento
sobre o mundo
enquanto escrevo.

20/3/2015

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