Fico à espera da matéria
que alimenta a minha
inspiração, que a eleva
e faz renascer para
um novo escrever.
Quero esse combustível
que é fóssil porque é
feito das minhas partes
mais antigas e traz
vida às novas invenções
da minha mente.
A cada palavra que penso
ou pensamento que articulo,
ouço, ou melhor, sinto
o vibrar das palmas
das minhas multidões
interiores ecoarem no
anfiteatro onde protagonizo
o grande teatro emocional
dentro de mim.
Pudessem estes pensamentos
soar sequer à voz quem
os declama na minha cabeça
e tivesse o meu corpo
o mesmo à vontade
que tem o actor
que os sente ou
finge sentir.
Seria eu mais
compreendido e
menos só não
porque seria
o espectáculo preferido
duma grande plateia,
mas por ser algo
digno de ser
entendido e acompanhar
além dum espectáculo.
13/3/2015
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