segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Há movimentos e viagens
por aí além, de tantas
ordens e desordens que
a única maneira de
fazer um plano de viagem é indo
ver como todos esses sítios
fazem parte do mesmo.
Que a divisão é a
forma de pôr tudo
numa máquina
mágica de conversão
e colocar à medida
do homem.
E que medida é esta, quem mede
o quê?
Quem mede quem?
Quem está verdadeiramente
a ser dividido nesta medição?
Tiramos à viagem toda a sua
extensão e singularidade
ao dividir o mundo para
ganharmos o conforto de
já ter ido a muitos sítios.
O Homem tem só um tamanho:
tudo.
Aquele que divide o
mundo é tão pequeno
quanto mais extensa
for a sua divisão.
Quanto mais do homem
no mundo ele afastar e
disser " Ah que é tão longe!
não tenho vida para chegar lá."
mais longe ele fica de si,
mais ele morre.
Quando o sítio máximo que
ele pode chegar acaba por ser
o percurso que fez.

Então, viaje-se sem passaporte,
intercâmbios monetários
ou barreiras linguísticas
pois todo o lugar fala a
língua do caminho e quem
tem pernas e cruze por esse
caminho é caminhante
e dono de tudo o que pisou
e deixou marca dentro de si.

2/2/2015

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