segunda-feira, 17 de março de 2014

As pessoas que vão,
nunca aqui estiveram.
Numa carruagem em que
toda a história já existiu
estou eu como se
nem sequer fosse português.
Se fossem os caminhos
da minha mente
tão certos como os do
metro, saberia que
valeria a pena mexer-me
tão rápido para um
sítio tão longe
dentro de mim.
Ausente como se
não estivesse aqui,
presente como se
nunca cá viesse
e consciente porque
não estou mesmo.
A direção é incerta
porque o meu propósito
é o caos.
Mas eu amo o que
não se quebra ou coisas
compridas de fim maiores
no tempo e nunca com
um fim tão intenso.
Por isso não vivo
no mesmo chão; e
olhos, quando a nuca
aponta para as costas,
vêem um céu diferente.
O meu mundo é normal
quando os olhos se
apoiam na minha
cabeça para olhar,
mas quando vejo
é como se nada
fosse o que é, porque
não sei o seu propósito
porque os caminhos
são outros e a direção
está num túnel que
já sei para onde
vai e não
porque vai.

8/2/2014

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