domingo, 17 de novembro de 2013

Sou como
quem anda pela
cidade e a vê
tal e qual
ela se vai
mostrando.
Não a vejo.
Não a sinto.
Nem penso
sobre ela,
sendo aquilo
que penso
exactamente
ela.
Ela como quem
me partiu o coração
e teve o gosto
de me mostrar
o que em mim não
existe, cegando-
_me a alma
pelos olhos.
Tudo o que é
importante para
mim vai além
dos sentidos e
eu sei, oh
cidade, que
a noite é
minha!
Não preciso
de candeeiros
de rua porque não
iluminam cá dentro.
Nem preciso de
homens do lixo
porque sei tratar
de mim.
Nem quero os
teus insultos
dizendo que
sou fraco e
sem ti não
vivo, não
preciso de ir
aos prados
para ver que
as flores fecham
durante a noite
e que a única
coisa que me
pode acompanhar
é um copo de vinho
e o carinho do
frio húmido.
Cidade nada
trazes senão
luzes que não
iluminam,
lixeiras desnecessárias
e uma falta de amor.
Que não sei se posso
ter de novo ou duma
forma nova, mas
estou farto de me sentir
sozinho contigo.
Vou ser eu com
  a natureza o
cenário do meu
           abrigo.

16/11/2013

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