Pudesse a paixão fluir
como o medo que a trava.
Pudesse ela me dar
a sentir o que tenho
e me arrasa.
Deixa arrasado.
Tão quente que fico
colado, tão dormente
por estar desesperado.
Sentia, se a fosse a paixão
fria que ligasse os
motores.
E também sentiria
no escuro os meus horrores.
Teria o que apreciar.
Teria por onde me mudar.
Saberia por onde caminhar.
A paixão é como o
coração bate além de si.
Quando ele é mais
que um ritmo,
quando ele é mais que
certo, é quando
falha.
É quando dança.
Quando flui.
Quando vai como
eu nunca fui.
Fico, então parado
à espera da noite cair
com a indesejada
antagonia de
escrever a preto
à luz do dia.
1/11/2013
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