Ainda é tudo como
se não fosse meu.
As pessoas que correm,
os carros que passam,
as flores que nascem,
o dia que morre.
Tudo tão distante
entre o olho que vê
e a alma que sente.
É à noite que sonho,
porque de dia estou
acordado.
Quando o sol se põe
o espirito voa e
o corpo sente-se vazio.
E quando a lua cai,
a alma retraí com
medo de ser vista
e a mente me conquista
e faz sentir o corpo vazio.
Porque quer de dia ou
de noite é tudo tão
distante como a morte
está da vida que pode
ir num instante.
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Há por detrás do papel
tudo o que seria
se não fosse eu
tão opaco.
E por isso, só sinto
que sou e nunca
sou visto.
Também hà à medida
que escrevo, como
luta em mim, a tinta
que escondendo tenta
mostrar.
Mas eu tenho que lutar
por um lugar no mar
e no ar, com pensamento
que voa e corpo que
navaega e nunca se
apega à vida da
maneira que sente
a morte.
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