quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Olho para todos
que passam
e não vejo de manhã
senão réplicas, de mim.
Já fui tanto como
qualquer um, percebo-nos
verdadeiramente,
sei porque se
anda de peito
levantado e
a que sente,
a postura diagonal
de estranheza
íntima porque
sei que mundo
alienado nossos
olhos sentem
perante esta manhã
qualquer, e
também os que não
parecem fazer parte
hoje, pela metamorfose
da noite mal dormida,
do grupo dos vertebrados
e se arrastam com tudo
o que são como um
lesma derretida.

Sim sei-nos, sei
como nos devemos
ir sentindo
ao longo destas
manhãs metropolitanas
atravessando a superficialidade
do que vamos fazer
ao solo pelas nossas
mais profundas e sinceras
expressões desabafadas.
Sujamos o subsolo
com as coisas
mais pesadas e
não é de admirar
que pareça tão
avassalador
e normal
sentirmo-nos quase
todos da mesma
maneira.
Loucuras tão
subtis que não
consigo ter-lhes
a certeza.
Inconsciências
tão manipuladas
que só podem
parecer certas.

24/9/2015

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