Pudessem os meus poemas
sofrerem a transformação
necessária para sentires
o meu carinho para ti.
Sei de outras maneiras
de to dar mas esta
é a minha e se
te desse doutra maneira
não seria o meu carinho.
Não espero mais que me entendas,
nem mesmo quando tentes
mas que tentando é a
forma de saber que me
queres dar carinho.
Dou-te sempre mais como
um sinal de que preciso
de ti.
E sei que é um sinal
confuso, mas tu não
te confundes com ele
e eu fico por acarinhar.
Nunca vi um peixe
amar um pássaro
mas sei que se
amam se se
tiverem de amar.
Nem sei como
o fariam!
Por isso não te peço
mais nada,
sei que se tiveres
de me amar eu
saberei que o estás
a fazer da mesma forma
impossível que um peixe
ama um pássaro e não
é impossível de me amar.
Tira-me do rio em que me
afundo antes que a corrente
e o instinto me levem, crava
as tuas garras de paixão em mim,
sufoca-me de um ar tão livre
que é voar contigo e cura-me
da morte com as tuas
bicadas de amor
para que possa sair deste
sonho em que só nos
tocamos se formos animais
porque tu não lês os meus
poemas, apenas sabes
que os escrevo.
16/3/2015
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