Esta noite vivi
a realidade eminente
em que se continuasse
a escrever tu não
estarias mais presente;
não é que morras ou
me abandones mas
eu morrerei para
ti porque quando
escrevo saio daqui
e não me refiro ao
lugar terreno falo
dum espaço mental
meu onde estar em
guerra é ser sereno.
Não te sei dizer também
porque parece ter de ser
assim e que na
verdade não te quero
muito longe de mim
só que estou divido
em dois, entre aquele
que te quer agora
e quem eu quero
ser depois.
E tudo isto só
me acontece quando
não estás por perto
que é quando sonho
que tudo não irá
dar certo.
se pudesse mudar
a realidade do que
sonho ter-te-ia
ao meu lado
para que escrever
não fosse tão medonho.
Mas por enquanto
tu serenas nas arcadas
e eu estou agora
em guerra preso
nesta barricada
- a de ter tido um
pesadelo, ter acordado
e não sentir nada
ao meu lado.
17/3/2015
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