terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sinto ao escrever
não o que penso
ser, mas o que sou.
Sinto ao andar
não os pés a caminhar
mas o chão.
E sem senão, prefiro
sentir a acreditar.
Em mim, entre
ser quem sou ou sinto
ser, só olhando em
volta encontro motivos
para não crer.
Não há Deus.
Não há Luz.
Não há Escuridão.
Não há nada,
além de tudo.
Tudo quanto posso sentir.
Desculpa-me, pois sou eu.
Eu quem não sente.
Eu que me inundo no mundo
e não sou peixe e por isso
não creio.
A vida é um recreio e quem
crê, fica-se pelo baloiço
com ilusões de altura e de
escamas.
Eu sinto-me humano.
E para sentir o mundo assim
teria de crer nele.

1/9/2013

Sem comentários:

Enviar um comentário