quarta-feira, 22 de maio de 2013

A morte apanha o nada.
Nada acaba.
A morte apanha o tudo.
Tudo acaba.
A morte apanha o certo.
É certo morrer.
A morte apanha o errado.
O errado morre.
A morte apanha tudo o
que se afirma como
algo.

Há que poder ser qualquer coisa
que se queira ser para
evitar a morte, para
se evitar sentir morto,
viver morto e morrer já vazio.

Até a morte se mata a si mesma,
porque quando tudo matar
nada sobra para morrer.
E nessa altura só quem puder
ser qualquer coisa poderá criar
coisas para matar e para
morrerem.
Só os plásticos, indefinidos, variáveis,
infinitos e inconstantes viverão para sempre.

20/5/2013

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