Não,
não e não!
Quem sou para me iludir
que a felicidade de sorrir
me pode ser dada?
Oh! Que alma atormentada
com que caminho!
Sozinho continuo
com anseios de recuos
e receios de mim.
Tento voltar ao tempo
que era feliz
sem ti
Agora por um assaz
golpe de fortuna,
não tenho paz nem rumo.
Então sumo.
Escondo-me por detrás
de mim, da sombra.
Empurro-me e projecto-te
como quero.
Como menos doí ao ego
e chego-me a ti sem apego
ou vontade de sorrir.
Com medo de te ver ir
com mais um bocado de mim.
3/5/2012
(23:44)
E sim, não quero.
Porque desespero não saber
o que queres de nós.
Ao espelho calas-te
mas sem ti tens voz.
Lutas constantemente
por aquele momento
ardente de fogo quente
na alma.
E sofro por querer
a calma dor de ter
a dor de sofrer, que é
não saber quem viver.
Sim, não quero olhar
mais no espelho e
ver-te aí tão perto
e alheio de mim.
Tiras-me a luz e cobres-te
com penas.
Fico no escuro e tu brilhas
como a lua, com a minha luz.
Quero-te longe de nós e
que me deixes a sós com
o mundo.
Sucumbo.
3/5/2012
(23:53)
Cala-te duma vez e
contempla-me!
Cala-te porra!
Porque me assombras?
Cobres-me os sentimentos
de nuvens dúbias e inseguras.
Não dás tempestades,
nem anuncias sol!
Sou nada contigo.
Quero-te longe de mim!
Foge daqui nem que me leves
o corpo.
Posso ir morto, mas fico vivo.
Sinto vida a ser vivida.
Porque o homem que ousa
duvidar de si, deixa crescer
outro infértil e falso.
Cobre-te nas tuas penas e foge.
Corre!!
Vai e deixa-me Ser.
Estou farto de estar!
Não sei como andar,
nem sei como amar
outro senão eu e o espelho.
E tu! Tu!
Sai-me de dentro e
vai morrer ao relento.
Vai escrever à luz da lua
sem mim.
E verás se és "eu"
ego...
4/5/2012
( 00:05)
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