Eu não sei bem o que faço
mas por onde passo
sei o mal que fiz.
Há (pelo menos) duas partes de mim:
A que escreve e a que inspira a escrever.
Uma busca o alívio da escrita
a outra vê a nossa dor bendita.
Nós sentimos a dor de sofrer assim,
e eu sei que não é suficiente para mim.
Nada, senão eu, tem mais valor
e eu nada valho.
Não falo de me dividir em vários
porque nós nascemos juntos.
Somos o mal primitivo
fugindo do mundo e
longe de nós.
(31-1-2012)
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