Quero
fugir,
ir, sem rumo,
fumo, só vejo fumo
e ferido ando
escondido do perigo
que é andar sem abrigo.
E sozinho, continuo
caminho, velejando
nas pedras, preso
e encalhado nesta
dor que é as lembranças do passado.
Fugindo, sujo, frio e envergonhado
caio.
Não me levanto.
Espero.
Espero.
Que a terra me cubra
com o seu manto.
Yuri, este é mais um grande momento que não deixa qualquer um indiferente. Alma cheia que se liberta através da sensibilidade e da delicadeza de escrita. Quanto escondes, Yuri, neste desabafo de alma que a tristeza te espelha como num lago onde os raios de sol teimam em desafiar-te para mais um momento libertador de ânsias e desesperos.És alma de sofrimento mas, ao mesmo tempo contemplativo
ResponderEliminarde grandes amores que o amor e a paixão deixam aflorar. Vai em frente, não pares. Constrói o teu portefólio de "caneta -pensante", tens um futuro à tua espera. Escrever liberta a alma. Força aí na caneta.
Muito solucei ao tentar escrever este poema. Talvez por estar divido em como queria acabar, se lutando ou esquecendo, acabei por não escolher nenhuma delas e deixei o fim incerto pelo menos o que aqui deixei escrito. Tive que me aperceber para conseguir acabar o poema, que acontecem mais coisas na vida que as que posso fazer ou controlar e que por vezes, temos que deixar que algo nos aconteça, nem que seja o esquecimento.
ResponderEliminarMuito obrigado e beijinhos,
Yuri Gomes
Fica a descoberta da simbiose entre a escrita e a emoção, a intelectualização de atos e a concretização dos múltiplos acontecimentos de alegria, de dor, de mágoa ou de desilusão. A obra é um projeto em construção, um percurso de crescimento e de nos tornarmos adultos, conscientes da nossa formade estar e de viver. Gostaria de um dia "talvez" prefaciar um livro seu. Fico à espera.Um beijinho grande.
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